quinta-feira, 31 de março de 2016

E lá se foi o 1º mês... Fico olhando para aquele rostinho pra não perder nenhuma mudança, e não me canso.
Ter um bebê em casa é muito especial. Quando ela acorda e vou pega-la no colo, meu coração se enche de amor. 

Adoro dar banho nela, conversar, fazer
massagem, deixá-la confortável e cheirosa com uma roupinha macia e pronta pra mamar! 

-Alguns dados sobre o crescimento da Rafa nesse 1º mês de vida

Nasceu com  3,750 kg e 52 cm. Saiu do hospital com 3,420 kg. Perdeu aprox. de 7% do peso, o que é excelente! Meu leite (colostro) já desceu no hospital, diferente dos filhos anteriores, em que meu leite só desceu depois que cheguei em casa. Isso ajudou para que ela perdesse pouco peso

Com 1º mês de vida está com 4,850kg e 56 cm. Como cresceu! Que delícia saber que elá esta crescendo e engordando só com o leite da mamãe. Isso é DEMAIS.

Acorda uma vez à noite, desde os primeiros dias. Geralmente ela dorme lá por 23h e acorda às 4h - 5h da manhã. E depois da mamada só acorda 3 horas depois. 

Já está ameaçando sorrisinhos! Que simplesmente é a coisa mais deliciosa do mundo! Não to falando daquele sorriso de reflexo, falo do sorriso intencional, aquele que interage com a gente! A cada momento que ela está acordada estou eu em cima " Cadê a princesinha da mamãe?" Cadê minha fofurinha?" Com aquela voz aguuuuda e levemente irritante rs...

O papai está apaixonado também. Fica toda hora me chamando para olhá-la: " Rô, olha isso! Olha essa menina, que coisa mais linda!" ( como se eu quase não a olhasse de certo rs)

Chega do trabalho com muitas saudades da pequena... Já querendo pegá-la no colo.

Post inacabado... rs ( Cadê o tempo pra conseguir fazer isso hehe)



quarta-feira, 23 de março de 2016

Ovos de páscoa feitos em casa!

Esse ano eu criei coragem pra fazer os ovos de Páscoa em casa!

O Kiko comprou os ingrediente (chocolate, forminhas e os embrulhos)

Vi vários tutoriais no YouTube e meti a cara!

As crianças ficaram muito empolgadas!
Ontem, estávamos no pediatra, e o Lucca contou para o médico todo orgulhoso que estávamos fazendo os ovos de chocolate em casa. Vi os olhinhos dele brilhando e vi que valeu a pena o esforço! 

Eu tinha a ideia original de fazer com eles, mas com uma bebezinha em casa, interrompendo todo momento, ficou inviável. Então logo depois que eles dormiam a noite, eu ia para cozinha e mexia nos chocolates. Em dois momentos terminei!
Fizemos pirulitos tbm, mas comemos todos antes!  Hehehe


Três medidas iguais de chocolate. 2/3 vão pra banho maria. Após 2/3 derretidos acrescenta o 1/3 restante, mexe até amolecer também é chegar na temperatura de 29ºC.

Banho-maria fora do fogão, senão a temperatura fica muito alta. Não deixa a água borbulhar. Assim que começarem as bolinhas da fervura, desliga o fogo.

Quando sai da geladeira e desenforma! (1 hora na geladeira)




Chocolate branco com corante rosa, pedido da Becca! 


Embrulhadinhos!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Coração de mãe nos primeiros dias da chegada de um bebê...


A chegada da Rafaella em casa foi muito tranquila. Os primeiros dias são quase que flutuantes e etéreos eu diria. Não parecem realidade, hehe. Como explicar? De repente você tem um bebêzinho no colo! Todos sussurrando, um cheirinho de bebê no ar. As noites seguem sendo uma caixinha de supresa! Aquele corpinho tão pequeno, tão puro e frágil agora tão dependente de você...
  
Mas para um coração de mãe o que ainda causa mais turbulência são mais três irmãos mais velhos que continuam suas vidas, sua rotina... Você como mãe se divide nessas realidades que se encontram e seus sentimentos ficam um pouco misturados e confusos. 
Junte a isso um pós-operatório, o corpo ainda se reestruturando, tendo dores e limitações...

 E repito, o que mais mexe comigo ainda, é a preocupação que tenho nos primeiros dias com o bem estar dos filhos mais velhos. Estão bem? Estão seguros e felizes?
Essas preocupações levemente me sufocam... Mas tento administra-las e aceita-las. São preocupações reais, naturais, e não tenho receio delas.

Sou mãe e quero continuar fazendo tudo que sempre fiz. Olhar as tarefas escolares, certificar-me que estão se alimentando bem, ler livros antes de dormirem, orar com eles, conversar com cada um, banho e cama na hora certa para que ninguém fique cansado no dia seguinte e principalmente ter a certeza que estão emocionalmente todos bem...

Isso tudo porque comecei a postagem dizendo que foi tranquilo esse início de transição para 4 filhos em casa! rs...

A verdade é que foi! Tudo isso que vivi é justo e faz parte do pacote. Vivi uns dias de baby blues sim, e faz parte. 

Tivemos momentos doces, mas também chorei de exaustão e chorei de amor...

Seguem algumas fotos com momentos desses capturados! Viva os celulares com câmeras ;)









As fotos não precisam de legenda! O amor familiar supera todas as dificuldades e desafios! 

Encerro com uma frase do Elder Halles: 

"Quando não puder fazer tudo que gostaria, faça aquilo que mais importa"


quinta-feira, 10 de março de 2016

O Parto.


Era domingo à noite. E eu estava com 39 semanas e 5 dias. Naquele dia em especial, estava extremamente concectada ao bebê e ao que estava por vir. Tinha passado o dia repousando, lendo, orando, ouvindo e cantando hinos, me sentindo grata e abençoada.
O kiko tinha ido com as crianças para a igreja, e eu que estava pesada demais, resolvi ficar e me concentrar. Afinal o que estava por vir era novo pra mim, sabia que estava próximo porque meu tampão estava descendo, e nas últimas duas consultas a Dra tinha estimulado meu colo do útero (um passo antes do descolamento de membrana).
Como preparação, fiz sessões de acupuntura, caminhada na quadra enquanto as crianças andavam de bicicleta, longos banhos relaxantes e ainda massagem da minha doula, Jessica Quiroga.

Mas contando muito menos com essa preparação, eu sentia que estava chegando...

Meu estado de espírito estava mesmo diferente nesse dia... Eu estava conectada.
Depois que as crianças estavam todas dormindo em paz em suas caminhas prontas para a semana que começaria, lembro-me bem do último banho antes de ir dormir... De acariciar a barriga e dizer:"Venha Rafaella, mamãe está pronta pra te receber, e você também está prontinha! Pode vir sem medo que eu estarei aqui pra te amparar e te cuidar... Você não é só minha filha, mas é também do Pai Celestial"
E disse mais e nessa hora minha voz embargou as lágrimas brotaram dos meus olhos: "Eu tenho medo, mas tenho coragem e sei que vai dar tudo certo"... E eu SABIA.

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á”

Eu deitei do lado do kiko e da Becca que estava na nossa cama naquele dia, e depois de uns 20 minutos dormindo, sinto uma água morninha escorrendo pelas minhas pernas e encharcando meus lençóis. Eu falo imediatamente: Kiko, minha bolsa estourou!! Me levanto e vou enxarcando o quarto todo até chegar no banheiro, sento no vaso e chuáaaaaaaaaaaaaaa. Muito liquido!! Ahhhhhhhhhhhhh que delícia! Estava acontecendo, minha bolsa tinha estourado! Chamei o kiko para cheirar: Tem cheiro de água sanitária? Ele disse que não, e eu achei que não tinha cheiro de nada. Mas não restava dúvida, era minha bolsa e como tinha líquido!

Tomei um banho rápido de volta, enchi a cama de toalhas (mas devia ter colocado um plástico também, rs) E fui deitar com uma toalha no meio das pernas que não durou nada. logo que as toalhas molhavam ficavam frias e aquilo já estava me dando uma friagem!

Enfim, ligamos para a médica que nos disse para esperar as contrações se ritmarem, observar a cor do líquido que descia e os movimentos do bebê. Me lembro de colocar um paninho branco no meio das pernas para observar a cor no liquido e se descia mais tampão... ( Ainda faltava a parte final do tampão, aquela que vem com borrinha de sangue)
Deixamos o quarto a meia luz e fomos dormir. O kiko disse: Posso dormir mesmo? E eu: Dorme poque vou precisar de vc bem descansado! E ele apagou!! rs
Eu fiquei deitadinha, coloquei uma meia para os meus pés ficarem quentinhos (*dica da medicina chinesa, pés quentinhos harmonizam melhor as energias do nosso organismo)

40 minutos se passam e começam a vir as ondas de contração, aquelas sobre as quais eu tanto li mas nunca tinha sentido antes... Elas estavam vindo e eram bem como haviam descrito. A intesidade era fraca mas a frequencia estava relativamente rápida. Ora 6 minutos, ora 4 , ora 5, ora 7 min...

E fiquei observado os movimentos da bebê... Quase nenhum! Uma mexida em 1 hora... E nas 2  horas próximas nenhum movimento. Então acordo o kiko, ligamos para a Dra para relatar panorama atual: Contrações bem suportáveis e rápidas, líquido clarinho, tampão descendo, e movimentos do bebê quase inexistentes... Bandeira vermelha para esse último sintoma. Dra diz: Venham para o hospital que eu já estou aqui, faremos uma cardiotocografia. (checagem dos batimentos cardiíacos do bebê)

Ligo para meus pais as 4:30 da manhã... Mãaae, minha bolsa estourou!! Peço para virem para casa ficar com as crianças, tento deixar tudo organizado para eles irem para escola dali umas 2 horas (eram 4:30h) pegar as malinhas da maternidade, minha e da Rafaella. (Ainda bem que estava tudo arrumado!) E os documentos para internação Frio na barriga!!!!!!!!

Pensei em tirar foto na garagem rumo ao nosso carro, mas não dá, pausa para sentir uma contração... Marido carrega as malas e andando que nem pata fazendo xixi nas calças!  Mas sigo curtindo o momento! Rafa estava chegando!!
Já no hospital inicio o cardiotoco e está tudo bem, coraçãzinho batendo perfeitamente... Ufa!! Sigo em frente com as contrações de intensidade média e numa frequência curta, a cada 8-7-5 minutos. Isso parece um pouco estranho já estarem vindo rápidas assim, A Dra chega para me checar. 2 de dilatação e um colo não muito favorável, ou seja ele esta médio, precisa ficar molinho para poder dilatar... Vamos em frente, combinamos com a Dra que às 10:00h ela fará uma nova checagem e enquanto isso eu sigo monitorada pelo cardiotoco.


No itervalo


  No meio de uma contração


Vou para um quarto onde posso ter mais liberdade. Sigo esperando as contrações se ritmarem, entrarem num padrão. Enquanto isso....
Tomo um chimarrão

continuo monitorada aos cuidados da Natalia Rea (enfermeira obstétrica da minha equipe.


Marido sempre do meu lado


As horas passam, e chegam às 10:00h, Dra me checa, meu colo está um pouco mais mole... Mas só um pouco... =(
Era bom que estivesse completamente molinho, esse era o esperado e natural que ocorresse. Fica uma leve preocupação no ar... Mas a Dra me diz: Ele melhorou, pouco mas melhorou... Vamos continuar monitorando e você me chama se engrenar, de qualquer modo voltarei as 20:00hs para tomarmos uma decisão do que faremos caso teu quadro não mude. (ela me deu ainda 6 horas!) Me lembro de ter pensado: Com certeza, até lá estarei parindo!


Bem, ora de me mexer, aproveitar essas contrações que estão vindo para estimular o TP (trabalho de parto)

A Jessica me ensina a agachar quando sinto as contrações

caminhando nos corredores do hospital

E o tempo passando...

Então a Dra chega as 20:00h como combinado, e na verdade ela já estava sabendo como eu estava antes de chegar lá. Me checa a dilatação e colo, e quando me diz que está tudo igual... Eu desabo... Sinto que ela já imaginava que estava tudo igual... Pelo panorama de como estavam as coisas... Mas ela não me fala do que estava desconfiada. Ela senta na cama pega na minha mão e fala: Vamos ter que fazer uma cesárea, tuas contrações estão disfuncionais, e junto com esse colo desfavorável nos mostra que algo não está bem nessa engrenagem.
E eu choro... Não pela cesárea, pois eu já tenho 3 cesáreas, sou bem experiente em cesáreas, mas eu choro tão doído pelo meu corpo não ter funcionado 100%. Não gosto de colocar nessa perspectiva, mas eu pensava "Que raios, meu colo não
 amolece porquê?" Ainda não tínhamos uma resposta e isso me deixava ainda mais frustrada. Se ao menos eu soubesse, seria mais fácil aceitar...
*A médica sabia que não era uma questão de tempo. Quero deixar claro que toda mulher dilata, a não ser que tenha algo interferindo... E na maioria das vezes, esse não é o caso, é só uma questão de tempo. Muitas mulheres dizem: Eu não dilatei! Mas ela, ou seu médico esperou dilatar? Na maioria das vezes, não.

A Dra me diz: Roberta, eu sei que não é seu emocional (porque o emocional pode interferir sim, e MUITO e fazer um TP parar) Sei que deve ser alguma coisa que a gente não tem como ter certeza, mas é algo na engrenagem que está desfuncional. pode ser o teu útero, (ela não cogita rutura, e nem me passa pela cabeça) e pode ser tantas outras coisas.
Na verdade, foi bem dificil para mim, me concentrar no que ela dizia, porque eu estava chorando muito.

Em 20 minutos eu estava no Centro Cirúrgico, mas antes de ir pergunto se posso ir andando, pois não queria ir de cadeiras de rodas. Agora sei que eu queria me sentir forte... Mas é protocolo do hospital esse deslocamento em cadeira de rodas, (provavelmente por medida de segurança) e um senhor simpático de crachá me aguarda para me levar... Então Ok, vamos lá!

Recebo muito carinho de toda equipe, palavras tão boas de se ouvir... Deitada na maca, já conheço toda a sequência de uma sala de parto-cesárea. Mas em um determinado momento, não me lembro qual, eu começo a chorar... Não queria chorar, poxa... Já tinha chorado bastante! E ainda não sabia bem o motivo, porque já eram tantas coisas, incluindo a grande emoção de finalmente conhecer minha segunda filha! Comecei a cantar na minha "Deus vos guarde com o seu poder, esteja sempre ao vosso lado, vos dipense seu cuidado, Deus vos guarde com o seu poder..." E logo escuto o kiko: Rô, ela é cabeluda!!  E em poucos segundos eu a sinto escorrengando de baixo pra cima eu recebo minha filhinha nos braços!! Que emoção!!

Saio dobrando os braços, puxando os fios e sinto aquele corpinho quentinho, com aquela pele mais pura escorregando e deslizando as perninhas encima de mim. Essa sensação do calorzinho do corpo dela é algo que não esquecerei... Ela não chorou, enquanto ouvia minha voz, ficava quietinha e com os olhos bem abertos. Atenta, como se me ouvisse, e ainda mais, me entendesse. Na verdade ela estava me sentindo... Sentindo aquela que lhe foi designada para ser sua mãe nessa terra, e que foi ensinada por sua Mãe Celestial a amar e cuidar de seus filhinhos. (Essa é minha teoria para nosso amor e instinto materno serem algo tão divino)

Isso era o que eu mais desejava e a motivação de toda minha busca...

Como ela estava calma no meu colo... Deu pra ver a mãozinha dela no meu peito? E a mão com luva da pediatra com panos quentinhos para dar mais conforto à ela.

"Apenas sentindo o novo mundo o qual acabara de chegar. Ainda bem que estava com a mamãe para a amparar..."


Como pode nascer já sabendo tão bem como mamar? E sugando com força! Como a natureza é perfeita!
“Mandou-me à Terra pra nascer, crescer e aprender em família.”

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Depois que a mamãe liberou rs, vez do papai curtir a boneca. Afinal, ele tem 50% de participação! rs Olha que olhos atentos!

Detalhes no cuidado, ela foi pesada envolta por uma toalha aquecida... sem abrir os braços chorando, como acontecem na maioria das salas de parto não humanizadas.





Através do vidro, conhecendo a família que assim que foi avisada, chegou todos em 15 min no hospital!


A alegria do papai! (ao fundo, Dra Andrea Campos e Médica aux. Dra Ingrid. A anestesista, Dra Márcia estava tirando fotos com o celular do kiko)

Dois dias depois, a Dra Andrea, passa em visita ao meu quarto, e conversa comigo sobre o que ela viu durante o parto, o motivo provável da disfunção no meu TP. Me explicou que eu tive uma deiscência uterina... Uma espécie de rotura, mas na deiscencia não são todas as camadas que se rompem, o peritônio estava intacto. Mas essa espécie de rotura já é o suficiente pra fazer as contrações perderem sua força na cicatriz que já existe ali. E sem essa força o colo não tinha condições de amolecer além do que já tinha amolecido. E claro, sem mencionar o perigo eminente de uma rotura completa. =(

Depois que ela me contou isso, não derramei mais nenhuma lágrima pelo meu colo que não abriu. (porque no dia seguinte a cesárea eu chorei sim... Em conversa franca com a minha mãe. eu chorei por não saber por que minha engrenagem tinha falhado, porquê??)
Após essas informações minha visão mudou... Meu corpo não "falhou" ele fez sim o MELHOR que ele pôde! Mesmo com uma cicatriz que dissipavam as contrações, ele abriu o que foi possível, minha bolsa estourou e meu útero contraiu-se em sua estrutura original por horas à fio... A intervenção veio no momento certo. A experiência da médica para detectar essa disfunção foi essencial e crucial.


 "Mas eis que eu te digo que deves estudá-lo bem em tua mente;
depois me deves perguntar se está certo e, se estiver certo,
farei arder dentro de ti o teu peito;
portanto sentirás que está certo”.

Eu estudei, ponderei, busquei e depois orei e senti a confirmação clara e mansa que tudo daria certo. Só não sabia que seria o certo de acordo com os desígnios do Senhor. Que por sinal, tem CERTO melhor que esse?
Eu fui muito abençoada e protegida durante todo o momento.

" Conta as bênçãos, conta quantas são,
Recebidas da Divina Mão,
Uma a uma, dize-as de uma vez,
E verás, surpreso, quanto Deus já fez"

E por fim, nos meus braços te olho como se dissesse; Bem vinda minha quarta filhinha! Vou cuidar de você para toda a nossa eternidade... Não será fácil, mas com esse amor que já sinto por você isso se tornará possível!

"A família é essencial ao plano do Criador
para o destino eterno de Seus filhos"

terça-feira, 8 de março de 2016

Porque eu quis um parto natural após 3 cesáreas?


Tudo começou quando a Rebecca nasceu. Eu deitada na cama de cirurgia, com movimentos limitados, vejo a minha menina linda pela primeira vez, e depois de gestá-la e senti-la por 9 meses ela me aparece toda encapada num pano e já de touquinha. Eu lembro que fiquei pensando, tira essa touquinha para eu ver o cabelinho dela, tira essa manta para eu ver o corpinho gordinho dela! (nasceu com 4,200kg) e eu queria tanto sentir o cheirinho dela... O kiko conseguiu ficar com ela, mas eu não... Claro que depois da recuperação (são umas 3-4 intermináveis horas numa salinha de recuperação) eu poderia curtir minha menina, mas e aquele momento? Aquele momento único de vê-la pelo primeira vez teria passado... Faria alguma diferença na minha maternagem? Não... Porém, para mim, fez falta. Queria minha cria coladinha em mim assim que nascesse... Que todos esperassem, mas ela era minha! Eu a fiz e  merecia ficar coladinha nela! rs... Já conhecia relatos de mulheres que ficaram com seus bebês no colo mesmo sendo parto-cesárea. Porque nao lutei por isso antes?
Mas... já tinha passado o momento, Resignadamente, não falei nada com a médica sobre isso e passei por todos os protocolos do hospital, sem reclamar. E, pensando bem, eu só descobri o quanto eu iria sentir falta disso quando passei por sua ausência.
Nascimento Rebecca- Abril de 2011
Logo depois do nascimento da Becca, a foto de mães coladas em seus bebês após o parto começou a mexer comigo fortemente, eu nem pensava ou me dava conta disso, mas devorava relatos de parto aguardando o momento de imprinting. Essas fotos que brotavam nas minhas redes sociais,  me atraíam e me emocionavam... E essas fotos eram quase sempre de partos naturais, onde a mãe tem liberdade de movimentos e de protocolos de segurança diferentes de uma cesárea.

O segundo passo foi a pesquisa de partos normais após cesárea. Minha grande amiga ativista do PN me assegurou existirem pelo mundo. Mas eu nunca tinha ouvido falar! Nem de 1 cesárea quanto mais de 3. Mas ela sabia e me deixou com a pulga atrás da orelha! Lembro que após essa conversa eu comecei uma pesquisa que não acabaria tão cedo! Fui descobrindo inúmeros casos de Vbac. (vaginal birth after a caesarean) Lembro que um dos primeiros casos que conheci foi o da Larissa, membro da igreja em Recife, que teve um PN após 3 cesáreas. Conheci virtualmente a Duda, que estava lutando por um Vbac após sua primeira cesárea. me ensinou muitas coisas, me apresentou a grupos de Vbac, me mostrou dados e artigos. E por aí não parou, fui conhecendo um caso atrás do outro. Quanto menos cesareas, mais comum eram os casos... Raros eram os Vbac3, mas isso não me intimidava.

Comecei a arquitetar na minha mente, e me perguntar: Para eu viver esse momento materno que eu desejo, preciso do quê?

De maneira bem realista eu sabia que jamais conseguiria com a minha ultima obstetra que me disse na primeira consulta de pré-natal da gestação da Becca: Você já sabe que será cesárea não é? E completou: uma vez cesárea, sempre cesárea.
Não fazia eu ideia que isso ela uma inverdade!

Passei a conhecer e pesquisar os obstetras humanizados da cidade. Pesquisei cada um. Lia os relatos de parto em que eles atuavam e como eram comum os Vbacs.

Cheguei a constatação que meu plano só funcionaria com reembolso, pois esses médicos não podem se prender aos planos de saúde. Passei a calcular fianceiramente, como seria ter uma equipe dessa, passei a ler os procedimentos de segurança de um parto normal. Descobri, que eu não poderia ter anestesia, já que ela poderia mascarar os sintomas do meu útero, que por segurança contra o risco de rutura (devido as cicatrizes anteriores) precisaria ser muito bem monitorado. E minha opção era exclusivamente um parto natural, ou seja, sem nenhum tipo de intervenção. Apenas meu corpo agindo fisiológicamente.

Não por acaso, o kiko teve um upgrade no plano de saúde na Empresa em que trabalha e descobri que o valor dado de reembolso pagariam as consultas particulares! Os exames teriam cobertura do plano. Viva!!!! 

E mais feliz ainda fiquei quando veio a gravidez! Descoberta em maio de 2014... Que alegria, veio tão rápido! Muita felicidade, ainda mais num momento tão dificil em que vivíamos com uma tragédia familiar.
Porém, descobrimos no primeiro ultrassom, que o coraçãozinho do bebê às 9 semanas, tinha parado de bater... Estávamos com as crianças na sala de ultrasssom, mas por inspiração divina, no deslocamento ao laboratório, dentro do carro eu disse à eles: "Estamos indo ver como está o bebê, mas quero contar à voces que ele ainda se parece com uma sementinha e é tão frágil que às vezes não resiste. É muito comum o coraçãozinho parar de bater" 
Eu não cogitava nem de longe essa possibilidade, mas isso saiu da minha boca sem eu me dar conta. E eles silenciosamente absorveram essa informação... E assim que a médica que fazia o ultrassom falou que não haviam batimentos cardíacos no feto, o Vico disse: Mãe, acho que aconteceu bem aquilo que você explicou no carro, a sementinha não resistiu... 

Lembro que o kiko saiu na frente com os três para um lanche no Atrio do Hospital para que eu fosse encontra-los depois, para poder antes chorar... Choro pelo meu bebê que eu já tanto amava e não veio... 
Mas ao mesmo tempo em que chorava, o Espírito Santo me dava paz e me dizia: Agora não... Mas logo mais... 
Optei por não fazer de uma curetagem, decidi elimina-lo naturalmente... E após 1 mês, me surpreendi com a intensidade das dores que comecei a sentir no processo de eliminação de todo conteúdo uterino. Começava ali meu primeiro contato com as contrações naturais e meu corpo trabalhando fisiologicamete para esse "mini trabalho de parto" se assim posso chamar.
E nossa... doeu muito! Não fazia ideia que doesse tanto, fiquei horas com dores e meu colo não abria. Por fim, nos demos conta que isso não iria acontecer naturalmente (agora eu já sei o motivo patológico, mas no momento era impossivel saber) Kiko e eu decidimos já no hospital fazer um processo de aspiração, muito mais suave que uma curetagem, o médico iria aspirar com uma espécie de seringa todo o conteúdo. Eu teria sedação e isso não acarretaria nenhum sintoma ou perigo, inclusive poderia engravidar no mês seguinte se eu quissesse. (muito embora não fosse esse o caso, rs)
Na manhã seguinte acordei tão bem, tão leve, um alivio tremento. Estava nova em folha!
Mas um sentimento de realidade do que é um parto natural me surgiu, eu SABIA na prática que não era moleza. Deixei de romantizar, vi que eu precisaria me preparar muito bem para passar pelas dores sem tencionar, sem lutar contra. Por um tempo eu realmente desisti, e não mais pensei nisso tudo.

Até um ano depois! haha. Em 28 de junho de 2015 eu descubro que estou grávida de novo!!!

Mais uma grande emoção. Sempre!!! Como na primeira vez...

Quando me descobri grávida novamente, após ter perdido um bebê, a sensação de felicidade foi mesmo grande!! Esse quarto bebê era muito desejado!

"Sou um filho de Deus,
Por Ele estou aqui.
Mandou-me à Terra, deu-me um lar
E pais tão bons pra mim..."

Não aguentei segurar e logo sai contando para todo mundo! Precisava dividir minha alegria! O kiko ficou como eu, feliz que não se continha. Nem parecia o quarto! As pessoas estranhavam tamanha felicidade, vinham com um ar de "Esse quarto escapou?" As caras de estranhamento quando falávamos que era planejado eram as mais diversas, mas no fundo sempre eu via um pouco de admiração, sejam por quais forem as razões. Eu lia no olhar...

Sem nem pensar muito liguei para a médica humanizada que eu rondava e pesquisava e já sabia tudo sobre por pelo menos 3 anos! rsrs E marquei minha primeira consulta! Era real... Meu pré-natal com uma medica humanizada estava começando...
A primeira consulta foi diferente do que eu imaginava. Ela foi bem "médica" rs. Não falou nada subjetivo, de preparar meu emocional, coisas assim que lá no fundo eu achei que fosse acontecer... Ela falou dos riscos, das possibilidade, das limitações. Eu fui a conhecendo aos poucos, e minha confiança nela foi crescendo da mesma maneira. Eu sabia que estava nas mãos de uma médica que faria de tudo para que eu tivesse um parto natural, e que ao mesmo tempo tinha muita experiência para prever riscos... Hoje eu sei que ela era a médica certa para mim.

E o pré-natal foi se desenrolando muito bem, com todos os exames de sempre. Bem exigente com a qualidade da alimentação, no controle dos açúcares e carboidratos (eu fiz o corte total) pelo controle do peso do bebê, devido ao meu histórico de bebês grandes. A Rafa já tinha um percentil bem alto. E com o inicio da dieta ele foi se normalizando. Eu fui me sentindo muito disposta, saudável e engordando pouco, fora que a alimentação foi muito mais nutritiva, esse adendo renderia uma nova postagem! rsrs


Cheguei às 13 semanas, e o medo de perder o bebê foi passando... A barriga crescendo e a vida seguindo normalmente... Dando aulas de música como usual e recebendo mimos de todos os lados na Escola, dos colegas professores e principalmente dos meus alunos, que beijavam e acariciavam minha barriga todos os dias. Essa bebezinha já era muito amada e desejada não só pela nossa família mas para todas as crianças de uma escola inteira!!!

(Post em construção, ainda não acabei)